ACHTUNG!
WORKING PROGRESS!!!
Tentarei ser breve...
"Se soubessemos quantas e quantas vezes as nossas palavras sao mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo." Wilde, Oscar
Abraça o meu abraço,
Dobro, dobro-me no tempo, tento esquecer, mas um som...o som, aquele som, lembra-me de tempos a tempos que terei de me desembrulhar, de saltar...irrita-me! São correntes psicológicas de fantasmas reais, que ululam por entre aquelas quatro paredes alvas, gritam frenéticos, abanam braços à minha imobilidade...dobro mais uma vez... e outra vez... decido, decidido desembrulho-me, salto! Dois passos dados e ali, o reflexo de mim colado no cristal húmido, difuso, espelha mais do que sabe a realidade interna, estou difuso, desfocado, enrodilhado. Estico apêndices ainda não meus, abro mãos ainda não minhas, sigo pernas, sinto corpo. intermitentemente, pausadamente, sou!
Corres, cansas, saltas, descansas...fazes ésses por entre corpos, bates com o corpo, sentes os corpos, encostados, deleitados, mãos inquietas à procura de apoio, num corpo estranho, e de engano agarram o ar, que te divide, tocam-te.. sentes um calafrio, não pelo tempo que corre lá fora, corres tu parada sobre duas linhas de tempo, uma que vai onde queres e outra que deixa o que tens... deixas, queres num grito mudo, convulsivo, vespertino, sacudir gotas de ti, que correm sobre os outros, caiem no chão , pisam, e num ciciar de dedos-palavras, sai agora aos jorros de teus pulmõeso que não é teu mas de todos, o cheiro de todos, "quero sair aqui! com licença! Por favor!" e no desespero... na pressa imóvel, uma voz calma, uma mão alma, pousa em ti a palavra, o carinho de que quer e já tem... "Eu também vou sair...Sai comigo!"...