Virar Sinistro
A força exercida quebra no estalar.
Os olhos reviram, entornam lágrimas do vermelho...
o corpo pedia a força de continuar perdida na mente...
o córtex queria saltar, fugir dali, esvair pelos poros na condição que sempre tivera.
A velocidade rápida do grito, sobrepunha a dor lenta sentida.
Num segundo o espelho tinha visto uma luz, reflectira-a, mas não a vira... “ainda dá tempo!” tinha pensado sincronizando pensamento com um movimento de mão, causando um reavivar mecânico, pousara o dedo no plástico frio e este descera, a guinada à esquerda, sinistra como bem dizem os Italianos, tinha sido levada à letra, tinha um virar sinistro de vida aquele movimento, a seguir... nada! Um silêncio de morte, no fumegar dantesco do metal que era parte do seu corpo... ainda tivera tempo de pensar antes de chegar a dor, e matraqueava a mente com um “Como?”...
Tinha chegado rápido ao fim da curta vida...