Euphoría
Descansa o corpo entornado na pedra que fica, rebola pensamentos ao som do azul, sente euforia na ponta dos dedos que roçam o chão...
Corre dentro a música, o ritmo chega até ao músculo cardíaco, assistólica fibrilhação desmedida de vontades, pensa... Dá um passo em falso, cai, retoma o ritmo e desce ao alto de si, sente o vazio que o rodeia, o frio que o agarra...e corre, corre atrás daquilo que imagina, luta na palavra feita sonho, verbaliza o som e canta.
Desce a rua a galope da loucura, fecha a porta atrás, abre a janela com o corpo, quebra o cristal que o divide no espaço, deixa para trás, cai, todo, toldo olhar, turva a vista da pressão...
E caía...
Frémito movimento mental obrigara o corpo... o ritmo não o deixava parar, tinha de continuar, descia o corpo na velocidade, descia o olhar na vontade, nítida imagem vazia, o vazio...
e o ritmo não saia, caía!
P.S. – A ti, euforicamente vivendo dentro de mim...