sexta-feira, abril 02, 2004

Orgulho gelado

Cortava o líquido alterado, rasgava o frio, deixava cicatrizes a seus pés, o fio tracejado guiava os olhos de quem o via....
Hipnotizava, em doces e suaves movimentos aumentando a distância percorrida pelos músculos retesados, o gelo da sua face, era mais frio que o solo que o suportava, os olhos pequenos atiravam olhares-balas do seu negro fundo.
Diria que era máquina se não o tivesse visto a meu lado deixando entrar o frio e expirar quente nevoeiro, assisti à mutação, a meu lado... um ser superior na primeira passada inalada.
Quebrou... no movimento desconcertante do inesperado momento.
Tinha caído... e espalhado a seu lado o orgulho em pequenos pedaços.
Era humano afinal...