segunda-feira, março 29, 2004

Nado morto

Entrava pela janela um grito de vento, arrepiava o corpo...
Os raios que agora despontavam embaciavam o frio de dentro, aqueciam o cristal até ao quebrar. Levantei mente atrás do corpo dormente, não sentia os extremos... o pousar dos pés no soalho, rangia ossos de dentro, espetava a fria realidade do que se passava lá fora.
Desci, caí, tropecei na tela a meio do final, tinha já traços, tinha já cor, diria que era parecida com o pai, mas tinha os olhos da mãe, o quente outonal do fundo contrastava com o preto glacial do negro olhar hipnótico com que me olhava...
Irritou-me saber que lhe tinha dado a vida e aquele esgar trocista que... “Porra, merda pró quadro!” pensei e sem pensar aqueci-me nele e ri...o crepitar do seus ossos-madeira e o enrodilhar da sua tela-pele fez-me sorrir... Em mim nasceste por mim morreste!
Deu-me um arrepio...

1 Comments:

At 7:37 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ola peço desculpa mas pelo k escreveu penso k pasou pela perda de um filho. Gostaria k me desse uma dica de como andar para a frente e se vlotou a ter filhos pois perdi a minha Lara dia 11/09, pois ela nasceu/morreu nesse dia, pelo k dizem era a cara do pai. Os medicos dizem k pode voltar a acontecer, estou confusa e assustada, há algum site especifico? Há outras historias?
Obrigada
nadiard25@hotmail.com

 

Enviar um comentário

<< Home