para trás...
Bordejava a velocidade uma espuma intermitente, no balançar do visual, o azul-maresia misturava com o branco-salpico...
O arnês puxava o vento encostado na tela, os músculos retesavam a cada novo soprar... voava para o fim do mundo, o bloco negro lá ao fundo, tornava a distancia do medo palpável, continuava no seu encalço, doíam-me os braços, cansavam as pernas, mas a velocidade não parava de me empurrar, era já uno, o vento em forma humana, deitava os olhos para trás, deixava atrás tudo, o tempo, as pessoas, que amava e as que me não amavam, os indiferentes e os que nunca conheci, os lugares... deixava-me atrás, deixa o eu na terra e sob os meus pés o azul corria fundo, como corria o vento... Livre...
no limiar do abismo mental, antes da queda mortal, ouvi a voz na pele enregelada...
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