quarta-feira, março 31, 2004

Enganar sentido

Escudava no silêncio a vergonha de te dizer...
Sentia-o na derme que me cobria, puxava pêlos para o céu ...
embrulhava pescoço no teu pescoço e na surdina da vergonha gritava baixinho:
Amo-te!”, na esperança que não o tivesses ouvido, mas sentido a vibração no interior...
uma mensagem para o teu interior, queria chegar lá sem te ter tocado o racional, assim ao de leve, sorrateiramente enganar sentidos, semear certeza feita palavra-toque.

Escutaste-me?

Sentiste-me?

Sonhava dias