De olhos serrados
Olhava já de olhos cerrados, sentia o vento na cara, esfriava o meu eu interior, sentia-me frio, gelado do fora que tinha agora dentro... imobilizava o momento, congelava-lhe o sorriso, assim... ali na esquina do tempo, na dobra de um olhar, o teu sorriso serrou o cristal que era minha máscara...
Podia seguir cego, já nada me importava, tinha estado lá, tinha visto o indizivel, em letras de uma silhueta, a sombra que deixavas não te seguia, inundava... deixando um negro-frio invadir o espaço. Tudo escuro, fiquei congelado, e os olhos... esses continuavam fechados. E eu continuava a acreditar-te...
A ti...
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