quinta-feira, dezembro 18, 2003

Corpo Meu

Embrulhado num corpo meu...
sinto o ascender de líquidos feitos brisa, sinto pele feita couraça...
sinto dedos entre ossos, músculos retesados...estirados, dentro vivo maquinalmente fora do que me rodeia, o ondular do sangue e o seu refluxo deita cores fora, cobre o corpo meu...
água de dentro corre para água de fora, osmose de mim... sinto-me ir, picam-me alfinetes de desanimo... desisto de mente, mas... o corpo meu impele, na sua pele o grito da vida... e continua... arfando a chegada...
o corpo meu...
uma vida dentro da minha, autonomo desconhecido este corpo que é o meu...