De.mente
rodo, rodopio, nem um som... para além daquele roçar de solas em gravilha já por outros pisada...
sinto o enjoo da volta, de volta...
continuo sem que me pare, sem que ninguém me pare...
mais, cada vez mais...
orbita em mim o que vejo... analiso, estudo, observo e vejo-me demente...louco... oco...
cada vez mais e mais... eufórico com dedos a salpicar a cada volta, à volta bocados de mim...
migalhas de mim espalhadas nesta dança de morte, onde a vida me escapa entre dedos, por entre os dedos inchados do tempo, fora de tempo...
Fecho olhos, cerro dentes, engulo certezas...
Cuspo verdades minhas...
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