Deitado, embrulhado naquilo em que me tornei, entornei...
Esvaziei, cai, desfiz... sou nada, ecoa dentro de mim o som dos outros, ecoa...
cheio de nada, de pequenos nadas, agarrados por fios em mim pendurados...carnaval interno, todo eu sou festa, rimbombeio, bombeio pedaços de papel-estória... saem-me para dentro...todos, os outros...sou o espelho dos outros, difuso, confuso.
Peso mais na lua que amanhã...de manhã, luz, livre, leve, vazio, cheio de um sonho meu, abro portas aos outros
entram em tropel, em pedaços, fragmentos deles em mim, entram pelos ouvidos, enchem-me narinas, afogam-me a boca...
Na escuridão, só... somente só! comigo mesmo...esvazio os bolsos em que me tornei, e encho-me de mim...sonho a vida...lá fora...
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